Desde o segundo semestre do ano passado, casos de Sarampo ligados a surtos ou importação foram relatados em diversas regiões do continente americano. Desde então, países como Argentina, Canadá, Colômbia e Estados Unidos reportaram o reaparecimento da doença, que se tornou epidemia na Venezuela nos últimos meses. Devido ao intenso fluxo migratório, constatou-se a chegada do vírus em solo brasileiro no mês de fevereiro de 2018, o que reacende a necessidade de se estar atento à possível introdução da doença em Minas. Até o final de junho deste ano, 265 casos envolvendo o Sarampo foram confirmados no Amazonas e 200 em Roraima. Situações semelhantes ocorreram no Rio Grande do Sul, Rondônia e Mato Grosso, além de suspeitas no Rio de Janeiro e São Paulo.
Alertando para o cenário epidemiológico mundial do sarampo, o Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde de Minas Gerais (CIEVS-MG) lançou, no último dia 6, uma nota técnica chamando atenção para os riscos de reintrodução de Sarampo em Belo Horizonte. O texto relembra os casos detectados da doença em outros estados nos últimos anos e destaca o papel da vacinação no controle e prevenção do vírus. Informações como o telefone do plantão e das vigilâncias epidemiológicas, além de orientações para equipes assistenciais e Diretorias Regionais de Saúde, também podem ser lidas no documento, disponível aqui.
Da mesma forma, a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) publicou, no dia 12 de julho, um alerta com a atualização de casos suspeitos e confirmados da doença a nível nacional e internacional, seus sintomas, formas de transmissão e a prevenção por meio da vacina. Confira o documento oficial.
Os órgãos
A Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais é a entidade central de saúde pública do Estado e tem como objetivo a formulação, regulamentação e fomento de políticas de saúde na região mineira de acordo com as necessidades da população. Já o Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde de Minas Gerais é responsável pelo acompanhamento dos agravos que pelo seu elevado potencial de disseminação ou riscos à saúde pública necessitam de acompanhamento da SES/MG. O órgão coordena as situações de crise que ocorrem em Minas.