Na segunda-feira, 29 de agosto, a Sociedade Mineira de Pediatria (SMP) e a Associação Médica de Minas Gerais (AMMG) realizaram uma reunião na nova sede da AMMG para apresentar uma proposta de campanha em defesa da pediatria mineira. Em meio à crise que o atendimento pediátrico enfrentou e ainda enfrenta, o principal objetivo desta ação é combater a falsa narrativa de falta de pediatras no estado, esclarecendo para a população que faltam, na verdade, condições de trabalho adequadas. Além disso, a futura Campanha visa a sensibilização dos gestores para a importância do pediatra no acolhimento e atendimento das crianças e adolescentes nas redes municipais e estadual de saúde.
Participaram da reunião o presidente da SMP, Cássio Ibiapina, o presidente da AMMG, Fábio Guerra, o presidente do Sindicato dos Médicos de Minas Gerais (Sinmed-MG), Jordani Machado, o 1º vice-presidente do Conselho Regional de Medicina de Minas Gerais (CRM-MG), Víctor Hugo de Melo, o presidente da Associação de Apoio à Residência de Minas Gerais (Aremg), Sérgio Alexandre da Conceição, o diretor da Comissão Estadual de Residência Médica de Minas Gerais (CEREM-MG), Antônio Fernandes Lages, uma das coordenadoras do Grupo de Reanimação Neonatal da SMP, Marcela Damásio, e a diretora adjunta de defesa profissional da SMP e diretora financeira do Sinmed-MG, Ariete Araújo.
Em suas apresentações iniciais, os presidentes da SMP e AMMG foram enfáticos em dizer que o aumento fora do comum das doenças respiratórias dos últimos meses mostrou uma grande deficiência do atendimento pediátrico. De acordo com eles, não é possível trabalhar com o imediatismo, somente “apagando incêndios”. É necessário investir em concurso público e lutar pela presença do pediatra na atenção primária. O presidente do Sinmed-MG lembrou que o Sindicato está há mais de cinco anos alertando à Prefeitura de Belo Horizonte sobre a situação e que neste momento a crise se instaurou.
Todos os presentes se comprometeram a participar da Campanha proposta e que cabe agora às instituições levantar os números da pediatria em Minas Gerais, mostrando quantos residentes em pediatria estão em formação, qual a curva histórica da residência nos últimos 10 anos, qual a relação candidato vaga, quantos especialistas existem no estado e qual a necessidade real deles nos atendimentos primários e nas unidades de Pronto Atendimento (UPAs). Isso para mostrar para a população que precisamos valorizar o pediatra para promover uma atenção qualificada ao elo mais fraco, mas mais importante desta equação: a criança.