Terá início na próxima semana a segunda fase do Projeto de Cooperação Bilateral entre Brasil e Moçambique na área de Reanimação Neonatal, ação diplomática que tem como objetivo compartilhar conhecimentos com médicos e enfermeiros moçambicanos para a redução da mortalidade infantil em decorrência de asfixia perinatal. Liderada pela presidente da Sociedade Mineira de Pediatria (SMP), Maria do Carmo Barros de Melo, e pelas instrutoras do Programa de Reanimação Neonatal da SMP, Marcela Damásio e Márcia Penido. A missão acontece entre os dias 6 e 18 de agosto.
O projeto é fruto de parceria entre a SMP, a SBP, a Agência Brasileira de Cooperação do Ministério das Relações Exteriores (ABC), o Fundo das Nações Unidas pela Infância (Unicef) e a Faculdade de Medicina da UFMG, e apoiado, ainda, pela Associação Moçambicana de Pediatria (Amope). Entre suas atividades está o treinamento de 200 profissionais que trabalham no atendimento de recém-nascidos nas cidades de Beira e Nampula.
O início
Em 2016, o grupo de Reanimação Neonatal da SMP desembarcou pela primeira vez em Maputo, capital do Moçambique, para treinar cerca de 80 médicos no Programa de Reanimação Neonatal (PRN) da SBP. Durante a visita, além dos profissionais capacitados de acordo com diretrizes baseadas em evidências científicas do Programa, a equipe instruiu 21 agentes multiplicadores para a implantação do PRN em Moçambique. Os cursos ministrados receberam boas avaliações dos participantes, que solicitaram a continuidade do programa, com novas visitas técnicas e inclusão de novas capacitações.
Além das coordenadoras, para a missão deste ano, irão as pediatras e instrutoras do PRN Kelly Nascimento, Sônia Calumby, Ana Damásio, Thaís Queiroz e Nivia Moreira. De acordo com Maria do Carmo, o apoio das entidades parceiras tem sido importante para o sucesso da ação fora do território brasileiro. “Como presidente da SMP, me sinto orgulhosa e feliz de estar participando da segunda fase da implantação do programa em Moçambique. Nosso objetivo é, por meio do auxílio na capacitação dos médicos e enfermeiros que atuam em salas de parto, reduzir a asfixia neonatal e, consequentemente, a mortalidade infantil”, compartilhou.